O país passa por uma crise crônica e um dos motivos para essa crise, ou pelo menos o motivo para que ela se arraste ainda mais, é a evidente crise de liderança por que passamos. O Governo Federal perdeu por completo a capacidade de gerir e nortear a sociedade, além da completa falta de sensibilidade em antecipar problemas vindouros com medidas preventivas. Hoje por exemplo, não se sabe ao certo quem toma as decisões no Planalto. Se o vice-presidente, que articula; o ministro da fazenda, que toma importantes decisões ao seu bel prazer ou mesmo o ex-presidente, que interfere midiaticamente com argumentações rasas. A competência de planejar se abreviou a apagar incêndios e ver problemas se acumularem, contaminando o governo como um câncer que toma conta de todo o organismo, com os emplastos chegando cada vez mais tarde apenas para amenizar dor e não curar o paciente.
O resultado disso acaba sendo a busca por soluções privadas para tudo, desde ter que pagar por serviços essenciais como saúde e educação, culminando com o uso da violência como resposta, o que acontece nos protestos e ações (legítimas ou não) cada vez mais comuns em busca de soluções práticas. A maioria das vezes as demandas do povo por melhoria nos serviços e por reconstituição de seus direitos são ignoradas. A crise, à medida que se torna mais crônica e localizada, deixa os governos inertes, compromete boa parte dos serviços, deixando-nos com recursos escassos e com sérios problemas para a manutenção dos aparelhos essenciais.
Um grande pensador político afirma que nos momentos de crise, nos momentos excepcionais, nos momentos de grandes tragédias e nos momentos de grandes desafios é que surgem os líderes extraordinários. Pode-se discutir a necessidade de líderes com pulso forte ou até mesmo das lideranças por mais simples que sejam, mas partindo do princípio que governar é direcionar e dar sentido, percebemos que isso é o que mais carecemos hoje. Concluo caro leitor e, principalmente, caros colegas de vereança, que sem governantes virtuosos, o país estará cada vez mais entregue à desordem, ao impensado e ao improviso.
Fabrício Gandini (PPS)
Data de Publicação: segunda-feira, 08 de junho de 2015
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